Friday, January 19, 2007

Eu odeio o Cavalinho - gratuito (mas nem tanto)

Antes que você comece a me recriminar e me chamar de porco, enquanto digita a sua denúncia no formulário do Ibama Online, é preciso que você saiba que não tenho absolutamente nada contra eqüinos em geral - pelo menos não contra aqueles que você está pensando.

Cavalinho é uma versão com mais idade do bom e velho "playboy de merda" com quem você provavelmente conviveu durante boa parte da sua fase escolar. Em linhas gerais, o playboy, é um sujeito cuja personalidade mantém relação de proporcionalidade direta com o tamanho do próprio pênis. Praticamente um eunuco, o playboy se comporta rigidamente segundo a aceitação do seu grupo referência, o que acaba por limitar sua liberdade de expressão a meia dúzia de convenções assumidas e reproduzidas por toda a comunidade. Até por aí, torna-se nítido o fato dessa ser uma espécie que se reune em bandos e, em função da padronziação de comportamento, é exatamente o bando como um todo que apresenta a exata manifestação da (pouca) personalidade de cada um.

Assim, o teorema do matemáchico Jesse Valadão postula o seguinte: considerando que o comportamento do bando manifesta o somatório das frações de personalidade igualmente divididas entre seus membros e que essa manifestação é necessariamente uma unidade peniana, temos que "o número de zé manés do bando multiplicado pelo coeficiente de personalidade do grupo é igual a uma (e não mais do que uma) piroca de tamanho médio, ou: Z . C = 1.

A partir daí, muitos mitos podem ser quebrados. Por exemplo, muita gente acha que não existe relação lógica entre o tamanho do pênis e certos comportamentos masculinos no trânsito e reproduz a ofensa como puro chiste. Não se trata de uma ofesa vazia, mas fruto de um estudo comportamental de uma determinada sub-categoria de seres humanos, comprovada matematicamente pelo Teorema de Valadão. Pode crer que dentro daquele Audi A3 tem um playboy ouvindo surf music e ajeitando a franja no retrovisor.

O Cavalinho é o playboy que ultrapassou os 25 anos sociais. Não estamos falando de idade cronológica (mais prática) nem de idade mental (porque também já seria exigir demais). Estamos falando de uma idade em que as convenções sociais mudam, ele se vê obrigado a conviver com gente normal, então precisa de todo um trabalho para se adaptar aos novos ambientes e exigências dos variados grupos - o que é difícil para um sujeito com intelecto de ameba e ainda deteriorado pela parafina. O primeiro e único passo normalmente é trocar as camisas da Billabong e por camisas Pólo (daí a referência ao Cavalinho), o segundo é deixar de usar óculos da Osklen e adotar as lentes verdes Ray-Ban e o terceiro passo não tem. Acabou. Atingimos o total amadurecimento de um playboy, e se completa a sua transição para um Cavalinho.

Sua nova condição complica e limita as vergonhosas manifestações de sua personalidade coletiva a momentos selecionados. Assim, o Cavalinho é um sujeito que, quando não está no seu clube de cricket ou reunido entre amigos na festa de Laurinha, filha dos Carvalho de Albuquerque que acabou de voltar de Genebra, é um sujeito em constante conflito em busca da resposta de como se portar diante de gente. Até por isso, vivem fazendo merda, sendo expostos desnecessariamente e tendo problemas até pra comer mulher.

Agora, apesar de estar concordando com cada uma das minhas palavras, você me pergunta: por que você está escrevendo tudo isso?! Onde você quer chegar?

Eu não quero chegar a lugar nenhum. Eu só quero ofender. Esse é o post que eu gostaria de ter escrito na semana passada, quando o coito interrompido e a falta de tato (sic) do merda do comedor de Cicarelli tirou o Youtube do ar, mas, assim como ele, eu não consegui chegar até o final.

Agora, missão cumprida e vida que segue. Viva o Youtube.

Se você é solidário à minha aversão por essa sub-espécie e quer falar a respeito, acesse e junte-se à comunidade Eu Odeio o Cavalinho, no Orkut.

2 comments:

Fonseca said...

Rapaz, entendi chongas. Deve ser porque ainda estou ébrio. Abraços.

Anonymous said...

Gostei mais desse.